“A negociação é uma forma sensata de resistência.” Janiara de Lima Medeiros

Jessica Takano
12/10/2020

Quando pensamos em NEGOCIAÇÃO logo associamos a grandes empresas e a longas reuniões para fechamento de negócios, não é mesmo? Mas a verdade é que a PRÁTICA DA NEGOCIAÇÃO é uma atividade presente na nossa rotina diariamente. Negociamos salários, compras, vendas, para onde vamos viajar, que comida vamos pedir no delivery, qual filme vamos assistir e outras infinidades de coisas.

 

Podemos considerar que NEGOCIAR é um ato natural do nosso cotidiano. Já aprendemos desde cedo, quando criança, a fazer valer as nossas vontades e os nossos interesses. Algumas pessoas têm mais facilidade para argumentar e convencer, outras preferem não levar adiante muitas discussões e acabam aceitando com mais facilidade o que a outra parte quer. E também depende muito de cada circunstância, há momentos que vale a pena insistir e há momentos que não vale a pena perder tempo.

 

Quando tratamos de negociação no contexto das organizações, podemos observar que constantemente existem conflitos, dilemas, situações adversas, dificuldades e tomadas de decisão, o que exige bastante raciocínio e estratégias. Isso é normal, porque as pessoas são diferentes, pensam de maneiras diferentes e querem coisas diferentes. Assim, cabe ao gestor principalmente lidar com essas situações, negociando com as pessoas, amenizando os problemas e administrando diversas relações sociais dentro da organização.

 

Quando falamos em fechar negócios, é essencial que o negociador se prepare para reunião ou conversa que terá com a outra parte. Ele deve se preparar estudando as possibilidades, os cenários, as informações que tiver acesso sobre com quem irá negociar, dados organizacionais, regionais, entre outros. Claro que no momento da NEGOCIAÇÃO, vários imprevistos podem ocorrer (fatores inesperados), sendo necessário o improviso também, mas uma pessoa que chega totalmente despreparada para uma negociação, com certeza terá menores chances de sucesso.

 

Hoje em dia temos o conceito do “ganha-ganha” bastante difundido nos ambientes de negociação, no desenvolvimento de organizações e nos planejamentos estratégicos. Esse conceito se baseia em possibilitar que todas as partes envolvidas sejam beneficiadas de alguma forma, proporcionando uma relação mais amigável e mais saudável no meio corporativo, o que contribui significativamente para a continuidade de negócios e relacionamentos duradouros, fundamentados em sentimentos de confiança, satisfação e ganho mútuo.

 

Existem várias situações que não vale a pena negociar, vamos analisar algumas delas: 1) Quando não há muito tempo (as pessoas precisam resolver as coisas com pressa), provavelmente tomarão decisões precipitadas. 2) Quando não se está preparado, há grandes chances de perdas de oportunidades e por isso muitas vezes compensa adiar um pouco a NEGOCIAÇÃO. 3) Quando se percebe má-fé ou comportamentos antitéticos da outra parte, é melhor não se envolver com ela para não gerar problemas depois. 4) E quando há a possibilidade de melhores oportunidades futuras, é melhor esperar o momento mais adequado para uma NEGOCIAÇÃO mais interessante.

A NEGOCIAÇÃO envolve tanto aspectos tangíveis quanto aspectos intangíveis. Você sabe qual é a diferença? Os primeiros estão relacionados a fatores numéricos e a recursos físicos ou materiais, como preços, valores e quantidades. Os segundos, a fatores psicológicos ou emocionais, como nervosismo, ansiedade, necessidade de vencer, de causar boa impressão e de parecer competente. Todos esses fatores permeiam as negociações e as influenciam, por isso é muito importante analisá-los e entendê-los para melhores desempenhos.

 

Para criar e manter bons negócios é preciso agir estrategicamente, pensando não somente a curto prazo, mas também a médio e a longo prazo. É importante investir em bons relacionamentos, saber lidar com as pessoas, desenvolver um bom networking (rede de contatos), trabalhar com a sua imagem, conquistar a confiança e o respeito do seu público, ter uma boa comunicação e realmente entregar produtos ou serviços de qualidade.

 

É válido destacar que quanto mais opções você tiver, mais força de NEGOCIAÇÃO você terá, por exemplo, se você é um estudante, está precisando trabalhar e tem apenas uma proposta de emprego, não poderá escolher muitas coisas. Agora, se você já é um profissional formado, tem duas ou três propostas de emprego, poderá argumentar mais e negociar melhores salários ou melhores condições de trabalho, por exemplo.

 

Da mesma forma, se você é um empresário e só tiver uma opção de fornecedor, terá que se contentar e aceitar as propostas dele, agora, se você tiver diversas opções de fornecedor, poderá fazer vários orçamentos, negociar melhores preços, melhores prazos e solicitar maior qualidade. Ou seja, a concorrência e a possibilidade de escolha no mercado, pode ser muito atrativa para as negociações.

 

Bom, concluímos o nosso artigo então com a ênfase na importância das estratégias e da negociação, que possibilitam o desenvolvimento da competividade, a operacionalização de projetos, o crescimento organizacional e a alavancagem da carreira. O mundo dos negócios é cheio de oportunidades e cabe a cada um aproveitá-las e a construir a partir delas o seu sucesso e a sua realização profissional.

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